Mais de 5 mil pessoas estiveram no Parcão neste domingo, dia 24 de novembro, para a 26ª Corrida para Vencer o Diabetes. O evento é a principal fonte de arrecadação de recursos para o Instituto da Criança com Diabetes (ICD), que oferece atendimento gratuito a crianças e jovens gaúchos com diabetes tipo 1, uma doença crônica, sem cura e sem prevenção, que os torna dependentes de insulina.
A multidão se reuniu para apoiar a causa e percorrer o trajeto de 4 quilômetros. Todos que passaram a linha de chegada com a camiseta da corrida receberam medalhas. Cerca de 10 mil camisetas da corrida, feitas de fibras de garrafas pet recicladas e em parceria com a Dupla Gre-Nal, foram comercializadas ao longo da campanha.
“Temos a oportunidade de divulgar mais sobre o diabetes na criança e no adolescente aqui. Muitas pessoas nem imaginam que uma criança ou um jovem pode ter diabetes e a corrida tem, também, este propósito”, destaca a gerente executiva do ICD, Ana Bertuol.
Para Paulo Roberto Falcão, presidente do Conselho de Administração do Instituto, o evento foi um sucesso. “Esta foi uma corrida fantástica, com muita gente, pessoas felizes, um espetáculo. Ano que vem vamos completar 27 anos e é isso que nós queremos, um instituto recuperando as pessoas e com elas muito felizes”, afirma Falcão.
NO LITORAL NORTE
A 26ª Corrida para Vencer o Diabetes também contou com uma edição especial no Litoral Norte. Mais de 300 pessoas estiveram reunidas em frente à imobiliária Casaqui, parceira na ação. Quem deu a largada para o percurso, de 3 km, foram duas crianças atendidas pelo ICD e que moram no litoral. Foram realizados testes de glicemia e verificação de pressão arterial, bem como distribuição de águas, frutas, protetor solar e creme hidratante, durante todo o evento.
SOBRE O DIABETES
O Diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. A insulina, por sua vez, é um hormônio produzido pelo pâncreas, um órgão localizado no abdômen, logo atrás do estômago.
Diferente do Diabetes Tipo 2, mais comum na maturidade e em função da obesidade e do sedentarismo e que segue produzindo insulina, o DM1 não tem prevenção e o diagnóstico surge quando o organismo interrompe a produção de insulina.
Desde muito cedo, a maioria das crianças com DM1 precisa medir o nível de glicose várias vezes ao dia, retirando gotas de sangue da ponta do dedo, além de receber injeções diárias de insulina. Sem adesão ao tratamento, as elevadas taxas de glicose no sangue, ao longo do tempo, podem afetar membros, olhos, rins, nervos e o coração.
Estima-se que no Rio Grande do Sul existam ao menos 9 mil pessoas entre zero e 20 anos que convivem com o diabetes tipo 1, e mais de 50% desta demanda é atendida pelo Instituto da Criança com Diabetes em 369 municípios do Estado.
SOBRE O INSTITUTO
Localizado em Porto Alegre/RS, o Instituto da Criança com Diabetes acompanha gratuitamente mais de 5 mil crianças e jovens com diabetes tipo 1 (DM1), a forma mais grave e complexa da doença. O ICD registra um índice de 94% de redução nas internações hospitalares de seus pacientes, resultado de um trabalho contínuo e do Programa de Educação Continuada em Diabetes.
O Instituto atua na prevenção das complicações da doença e no acolhimento, oferecendo educação, acesso a tratamentos, novas tecnologias e assistência social extensiva a familiares e cuidadores, que também precisam se envolver no tratamento. A assistência interdisciplinar é realizada por uma equipe de profissionais, incluindo endocrinologistas, nefrologistas, oftalmologistas, psiquiatras, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, dentistas, assistentes sociais e educadores físicos.
A faixa etária atendida pelo ICD é, como porta de entrada, de zero a 20 anos. Isto porque a maioria dos casos de diabetes tipo 1 (insulinodependente), ocorre nesta faixa. Para agendar consulta, basta ligar para o telefone (51) 3357.2698, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.